sexta-feira, 9 de novembro de 2012


Seg , 05/10/2009

“Brincadeiras tradicionais ajudam no desenvolvimento da criança”

Paula Pitta | A TARDE On Line

Na era do mundo digital, em que os brinquedos da moda são videogames e computador, brincar de corda, bolinhas de gude ou roda perdeu espaço entre as crianças, mas a pedagoga Miriam Teles von Hauenschild alerta para a importância das brincadeiras antigas no desenvolvimento da criança. 

“As brincadeiras servem como instrumento de estruturação do indivíduo. Elas  não trabalham apenas uma capacidade, mas várias, como percepção motora, equilíbrio e orientação espacial”, enumera a diretora da Escola Acalento, em Lauro de Freitas, onde essas brincadeiras  são indissociáveis da pedagogia adotada. 

De acordo com a pedagoga, o ato de brincar é uma etapa importante e necessária  na vida da criança e esse momento pode ser aproveitado com atividades  ricas para o desenvolvimento, como as cantigas de roda, em que a criança trabalha o equilíbrio e desenvolve também outras competências ao repetir as ordens emitidas nas letras das músicas. 

Além de ajudar no desenvolvimento das capacidades pessoais da garotada, as brincadeiras antigas estimulam o convívio do grupo. “No elástico, a criança aprende a esperar a vez do outro, a lidar com o erro. Já na gude precisa de atenção, estratégia para ganhar e aprender a conviver com regras”, exemplifica Miriam. 

As cantigas também podem ser uma forma simples de ensinar as crianças sobre as profissões, pro exemplo, como na música de roda “Eu sou pobre, pobre... de marrê, marrê”, em que a mulher rica sugere profissões para a filha da mulher pobre. “Nessa brincadeira, a criança trabalha as profissões, a relação com o outro, além da orientação espacial”, explica a pedagoga. 

Além das brincadeiras tradicionais, a criançada também pode ser estimulada a pintar e bordar, literalmente. A artista plástica Laila Zane trabalha há 18 anos com esse público. Ela diz que estimula a criatividade e coordenação motora fina (escrita, corte, firmeza) da garotada através de pintura de telas, da modelagem do biscuit e do trabalho com argila e sucata. “Hoje em dia a criança capta as coisas muito rápido, mas também se dispersa rápido. É preciso trabalhar a concentração e a arte plástica consegue isso”, diz. 

Para ajudar na escolha da diversão apropriada para você e seu filho, o A TARDE On Line sugere algumas opções de brincadeiras antigas:

Gude: existem diversas formas de brincar de gude, cada uma com suas regras. Uma das opções é o jogo do papão, em que a criança segue um caminho, batendo uma bola na outra até acertar uma caçapa. 

Escravos de Jó: duas crianças cantam a cantiga “escravos de jó, jogavam caxangá, tira, põe, deixa ficar, guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue, zá”. Enquanto isso, vão seguindo, cada uma com uma pedrinha na mão, o que diz a música.

Cabra-cega: Uma criança é escolhida para ser a cabra-cega. Ela terá os olhos vendados com um lenço ou com a camisa e depois será rodada (o local da brincadeira não deve ter obstáculos perigosos, como pontas e batentes). Em seguida, as crianças devem falar: “Cabra-cega, de onde você veio?”. A cabra-cega responde: “vim lá do moinho”, Todos dizem: “O que você trouxe?”. A cabra-cega responde: “um saco de farinha”. Todos: “Me dá um pouquinho?”. Cabra-cega: “não”. Em seguida, todas as crianças devem se espalhar pelo espaço, enquanto a cabra-cega tenta pegar alguém. Quando conseguir, a cabra-cega deve acertar o nome de quem pegou. Se acertar, a criança presa será a cabra-cega, caso contrário continua a mesma criança do início. A parte da historinha é importante para orientar a criança que é a cabra-cega de onde está cada criança do grupo, trabalhando com a percepção de espaço e audição.


 

 Referências :      http://atarde.uol.com.br/noticias/1248391
 
Foram retiradas algumas brincadeiras para não ficar repetitivo no blog !

Postastado por : Isabella Cristina

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